Alecrim-de-vaqueiro

Eficiente no tratamento da acne, sarna infectada, panos brancos, impigens, caspa e mau-cheiro nos pés

     Subarbusto lenhoso, caducifólio, pouco comum na lora nordestina. Ocorre com maior frequência, de forma silvestre no  interior da Bahia na região entre Jacobina  e Rui Barbosa. Alcança cerca de um metro de altura. Muito ramificado, apresenta folhas aromáticas, pequenas (1 a 2 cm), de bordo finalmente crenado, com cheiro forte e sabor picante. Suas folhas já secas são comercializadas em feiras e mercados do interior da Bahia.

     O transplante de exemplares jovens tem sido a única maneira de cultivar essa útil planta medicinal brasileira.

     Possui a mesma composição e propriedade do alecrim-pimenta e do alecrim-de-chapada, sendo igualmente, boa produtora de óleo essencial rico em timol.

     Tem forte ação antimicrobiana contra fungos e bactérias, que se deve à presença do timol, substância também responsável pelo seu cheiro característico.

Modo de usar

     As folhas de alecrim-de-vaqueiro podem ser usadas na forma de chá abafado, feito com dez ou doze folhas em uma xícara de água para uso local imediato, ou como tritura para uso tópico preparada com 10 g das folhas secas. A tritura diluída com uma ou duas partes de  água fervida ou o chá podem se usados com folhas secas à sombra ou 20 g das folhas frescas, em 30 cc de álcool e 70 cc de água. O óleo pode ser extraído por hidrodestilação e usado externamente depois de diluído em oito partes de uma mistura de álcool e água na proporção de 1:1.

     A tintura caseira é preparada enchendo-se um frasco de boca larga com folhas, pondo-se, em seguida, álcool até a metade do frasco e água até enchê-lo. Filtra-se depois de três dias. Pode ser empregada em gargarejo e bochecho nas infecções da garganta e da boca. Em lavagens vaginais serve como desodorante íntimo e atua contra várias infecções. Em compressas locais, a tintura pode seu usada pura, para tratamento de ferimentos e afeções da pele e do couro cabeludo. É muito eficiente no tratamento da acne, sarna infectada, panos brancos, impigens, caspa e mau cheiro nos pés, axilas, e virilhas.

      NÃO use essa planta em inalações por causa da ação irritante de seus vapores.

                                                                                                          

Nome científico: Lippia Aff. Gracillis H.B.K;

Nome popular: Alecrim-de-vaqueiro;

Partes usadas: Folhas;

Origem: Bahia;

Propriedades químicas: Timol;

Propriedades terapêuticas: Antimicrobiana, combate fungos e bactérias.

(Texto Revista Vida e Saúde)